terça-feira, 19 de abril de 2011

Rebanho.

Havia uma mulher na TV.
Uma mulher que cantava e dançava.
Todos paravam para a ver.
E cantavam e dançavam.

Tudo o que fazia,
todo mundo repetia.
Tornou-se febre, sensação.
Quase religião.

E seus seguidores cresciam.
A amavam cegamente.

Mas um rapaz achava isso estranho.
"como não veem que são apenas um rebanho?"

Ele mudaria o mundo,
mostraria a todos o que acontecia.

De início, desconfiavam.
Chamavam-no de louco.
Mas pouco a pouco,
um a um, acreditaram.

Iniciou-se a revolução.
Um rapaz, guiando a nação.

Ele era aclamado,
e ergueu seu punho como se ergue um cajado.

Todos o seguiam, um conjunto de animais.
Para se tornarem individualmente,
iguais.

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