sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Partida de Futebol.

Me parecia uma coisa qualquer, só um entretenimento para as pessoas, sem nada de especial ou profundo. Eu, que sou tão acostumado à arte, à literatura e à música, não via nada de especial ou tocante naquilo.
Era um bando de homens crescidos agindo como crianças, basicamente isso. Um bando de homens correndo atrás daquela esfera e tentando empurrá-la dentro de uma das metas, e um outro bando gritando para que o primeiro bando desempenhasse bem sua função.
Mas não era exactamente isso, embora o primeiro bando ganhasse milhões para fazer aquela função quase troglodita, havia um sentimento envolvido em todo esse processo. O segundo bando amava isso, alguns de maneira irracional e exacerbada, mas amavam. E, mais do que isso, o processo também promovia o bem. Ao conhecer mais o assunto pude ver que não era apenas uma coisa qualquer, era muito mais do que isso. Fiquei sabendo que havia gente que morria por aquilo, não apenas no sentido figurado, um integrante do primeiro bando que fora assassinado devido a um erro que cometera em sua função. Soube também que havia gente que vivia apenas por aquilo, uma equipe pertencente ao primeiro grupo que, mesmo em meio a uma guerra, usou deste suporte para mostrar no que ainda acreditava.
Podia até parecer coisa pouca, uma mera partida de futebol, mas ia além.

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