terça-feira, 12 de julho de 2011

Menino-poeta.

Mas na verdade eu ainda sou menino.
Só quero brincar, me divertir.
Não quero trabalho e compromisso.

E por outro lado, quando penso em você.
Quando penso e sinto, é só o que quero.
Seu amor, eternamente.
Essa chama ardente, que aquece meu peito.

De um lado a diversão inconsequente,
do outro o coração carente.

Eu sou um pouco dos dois,
por você e por mim.
Não há uma escolha correta
sou mais um menino-poeta.

Menino-poeta.

Em um citadino ónibus,
Uma garota adentrou.
Era alta, tinha cabelos loiros,
Belos olhos e um sorriso sem cor
Vestia um suéter verde,
E tinha beleza que às outras excede.

Ao adentrar, um garoto ela avistou.
De camisa negra, cabelo desgrenhado,
Sorriso murcho e olhar desinteressado.
Ele também a notou,
Sentiu algo diferente até ela desembarcar.
Depois retornou à sua vida, esqueceu-a sem hesitar.

Partiram, cada um em sua direcção,
Ele nunca mais viu aquela moça que tocou seu coração.
E ela nunca saberá o quanto ele a amou
Que ele era a personificação de seus sonhos,
Que ao chegar em casa sobre ela versejou,
Que ele era apenas um menino-poeta.