terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Uma Santa.

Com os cabelos soltos,
o peito nu, ergueu-se.
Aos céus.

Com os olhos da cor do céu e dos oceanos
olhou-me angelicamente.

Com os borrados e rubros lábios,
beijou-me a fronte.
Sorriu.

Sem ar e sem fala
"Santa Maria"
Falei.

És divina,
como a noite passada.

Oro para que não acabe,
para que não me deixe.

Uma Santa. Minha santa.

Benzeu-me com Vodka,
beijou-me de tabaco.

E me redimiu de todos os pecados
que cometemos.
Com o puro Amor.
Amém.

Uma Santa.

Sonhei outra vez contigo, querida.
Dessa vez não foi como os outros,
Não estávamos de mãos dadas
Ou juntos desde o início.

Era diferente, eu andava sem ti,
Eu andava com amigos que nunca vi
Quando tu apareceste,
Não estavas só, vinhas com pessoas à tua volta,
E usavas um vestido branco.
Mas não, não estávamos a casar,
Usavas um vestido quase cristão,
Muito embora não sejas religiosa.

Foi nesse momento que entendi tudo,
Todos os jovens que vinham atrás de ti
Estavam a adorar-te.
Pois és uma santa, meu amor,
E é por isso que não és minha.
Sou impuro, não poderei jamais te tocar.
Sou impuro.