sexta-feira, 1 de junho de 2012

Coração de pelúcia.

Se lembra de quando seu aniversário passou e pensou que esqueci do presente? Não comentou por educação, mas no fundo estava a remoer-se porque não te dei algo tão caro quanto aquele rapaz, ou algo que te faria lembrar de mim, como fez uma amiga sua qualquer. Mas estava enganada, querida, completamente enganada, pois dei-te algo que você nem sequer sabia que era teu, e que é mais caro que qualquer presente que aquele rapaz poderia esquecer e mais identificável que o presente da tua amiga, dei-te meu coração e aposto que nem imaginavas isto. E eu o dei a você mesmo antes de chegar seu aniversário, eu o entreguei antes até de saber quando era o seu aniversário, foi questão de segundos, foi só questão de te entender.
E assim como todos os presentes que recebeu, você brincou com ele, você o aproveitou ao máximo, você abusou dele, você o usou sempre que pode, você dormia com ele, você dava-lhe tanto valor. Mas como todos os presentes que recebemos, cada vez mais você se importava menos com ele, cada vez mais você o deixava de lado e se interessava por coisas que não tinha, até ganhar o que não tinha e começar a querer outra coisa. 
Ainda assim se lembrou dele vez ou outra e o estimava de alguma maneira, até o dia em que ele rasgou, foi esse o fim de mais um dos seus brinquedos, o fim de um brinquedo teu que agora está no fundo da prateleira, escondido, pois não se mostra algo quebrado às visitas. Agora só me resta torcer para que doe esse brinquedo a alguém que precise dele mais do que você.

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