sexta-feira, 8 de junho de 2012

Olhos.

Meus olhos estranharam ao rever aquele lugar nostálgico, tão igual e diferente. Eles não paravam no lugar, a procurar por você, em todos os cantos, a ignorar tudo que não te fosse, que não fossem teus olhos. Ansiosos, corriam mais que minhas pernas, de um lado pro outro, até que te encontraram, e sorriram tímidos.
Seus olhos evitaram encontrar com os meus, apesar do sorriso na boca e do menear da mão, eles fugiram e foram para qualquer lugar que os meus não estivessem. 
Meus olhos ficaram irrequietos, meu coração turbulento. O chão era tudo que eles olhavam, com medo, com anseio. 
Seus olhos estavam frágeis, por mais que olhasse para cima, não conseguiam se manter confiantes, sabiam o que estava por vir.
Nossos olhos se encontraram. Não sei o que você disse, não ouvi uma palavra sequer, mas seus olhos, oh, seus olhos, quanta dor, quanta tristeza. E meus olhos, apenas lágrimas, e para sempre a sua imagem indo embora, com aqueles pequenos olhos, cheios de água, cheios de melancolia.
Nunca esquecerei, aqueles pequenos olhos.

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