sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Da morte.

A vida,
a vontade de viver,
o amor,
o querer, querer sempre,
a coragem,
a braveza e a esperança,
o medo,
o pavor contínuo,
o sorriso,
a risada sonora,
a lágrima,
o choro copioso,
a companhia,
a amizade verdadeira,
o tudo,
o nada.

Lista de algumas coisas que vêm da morte.

Da morte.

Eu já tinha um poema todo escrito,
Falaria sobre a morte
E sobre como a temo.

A única coisa que temo é a morte,
Eu diria,
Pois a morte é o verdadeiro fim,
A morte é não haver segundas chances.
E utilizaria a mesma regra para outras ideias,
"A morte do amor, minha cara,
É o não haver segundas chances contigo."
Tolo, eu sei.
Mas seria o que eu faria.
E, bem, também haveria um bom trocadilho,
Sim, seria um dos bons.
O final do poema, minha querida:
Só temo a morte,
Só temo amar-te.

Bem, não seria dos piores,
Mas percebi que estava errado
Graças a um amigo meu
Que denunciou-me a falha.

Feria aquilo que é a realidade
Pois temer a morte é absurdo,
Morreremos um dia, todos.
Todos terão um fim, um dia.
Por essa razão, meu bem,
Que temer a morte é inconcebível,
Pois temê-la é temer ser eu mesmo.
Temê-la é temer ser humano.
Temê-la é temer existir.
Temê-la é negar a realidade.