quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Pugilista.

Uma grande parte das apostas dizia que ele cairia cedo, entre o primeiro assalto e o terceiro, o que fazia sentido, pois era jovem e inexperiente, sem contar que o adversário era um lutador renomado, embora agora decadente.
O seu velho treinador discordava, acreditava no potencial do garoto, ele havia vencido diversos torneios quando amador, assim como seus números provavam que ele muito provavelmente daria trabalho a seu adversário.
A sua namorada, todavia, defendia que ele não lutasse. Ela odiava o boxe, cansava-se se vê-lo chegar em casa com tantos hematomas, não aguentava acariciá-lo e causa-lhe dor, o vermelho do sangue não combinava com o azul de seus olhos, ela dizia a ele de maneira bem humorada, pois apesar de não gostar, apoiava o sonho dele por amá-lo tanto.
Ele jogou a toalha.

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