quarta-feira, 6 de março de 2013

Roleta Russa.

Continuo com essa vida miserável. Jamais conhecerei o amor da minha vida, continuarei em um emprego que não gosto, rodeado de parasitas, essas pessoas são vampiros, e pessoas com toda sorte de falhas, que apenas pensam no mal dos outros e em pisar uns nos outros. Um dia termino a faculdade, que tornar-se-á um fardo, não que eu não a ame, pelo contrário, mas o problema está em todas as pequenas burocracias, o implícito sentimento de competição e outras coisas igualmente ridículas. Caso-me mais tarde, talvez não porque queira, talvez porque apenas me foi imposto, já era hora de casar para ser normal. Dois filhos, um menino e uma menina, tipicamente normal, crescem saudáveis, tão inteligentes e especiais (pobres deles quando descobrirem que lá fora há milhões tão saudáveis, inteligentes e especiais). Pagarei a escola dos dois, crescerão, meus dois orgulhos, tudo de que me orgulho, um dia entram na faculdade, começam a trabalhar. Aposento-me, quase sou feliz, chego lá.

Continuo com essa vida miserável. Jamais conhecerei o amor da minha vida, continuarei em um emprego que não gosto, rodeado de parasitas, essas pessoas são vampiros, e pessoas com toda sorte de falhas, que apenas pensam no mal dos outros e em pisar uns nos outros. Um dia termino a faculdade, que tornar-se-á um fardo, não que eu não a ame, pelo contrário, mas o problema está em todas as pequenas burocracias, o implícito sentimento de competição e outras coisas igualmente ridículas. Caso-me mais tarde, talvez não porque queira, talvez porque apenas me foi imposto, já era hora de casar para ser normal. Dois filhos, um menino e uma menina, tipicamente normal, crescem saudáveis, tão inteligentes e especiais (pobres deles quando descobrirem que lá fora há milhões tão saudáveis, inteligentes e especiais). Pagarei a escola dos dois, crescerão, meus dois orgulhos, tudo de que me orgulho, um dia entram na faculdade, começam a trabalhar. Aposento-me, quase sou feliz, chego lá.

Dou fim a tudo isso e ainda saio por cima. Eu tinha um futuro tão brilhante pela frente, cresceria no emprego, era um cara tão legal pra se conviver, todos me adoravam, sem exceção. Sinto muito, meu amor, mas eu a abandono e fica apenas imaginando como seria se terminássemos juntos, mas eu a decepcionaria, como é bom ser apenas algo imaginado. Terminaria a faculdade com louvor, pós-graduação, mestrado, doutorado e tudo o mais que jamais faria se tudo isso fosse real. Mas, coitado, escrevia tão bem, poderia virar um grande poeta, chegaria a ser conhecido, reconhecido. Coitado, um grande amigo, um grande filho, um grande aluno, um grande irmão, um grande companheiro de trabalho, sim, de repente eu seria tão grande, maior que todos. O melhor de tudo é que logo me esqueceriam, e eu seria apenas uma possibilidade, um "poderia ter sido", um jogo de azar.

Continuo com essa vida miserável. Jamais conhecerei o amor da minha vida, continuarei em um emprego que não gosto, rodeado de parasitas, essas pessoas são vampiros, e pessoas com toda sorte de falhas, que apenas pensam no mal dos outros e em pisar uns nos outros. Um dia termino a faculdade, que tornar-se-á um fardo, não que eu não a ame, pelo contrário, mas o problema está em todas as pequenas burocracias, o implícito sentimento de competição e outras coisas igualmente ridículas. Caso-me mais tarde, talvez não porque queira, talvez porque apenas me foi imposto, já era hora de casar para ser normal. Dois filhos, um menino e uma menina, tipicamente normal, crescem saudáveis, tão inteligentes e especiais (pobres deles quando descobrirem que lá fora há milhões tão saudáveis, inteligentes e especiais). Pagarei a escola dos dois, crescerão, meus dois orgulhos, tudo de que me orgulho, um dia entram na faculdade, começam a trabalhar. Aposento-me, quase sou feliz, chego lá.

Continuo com essa vida miserável. Jamais conhecerei o amor da minha vida, continuarei em um emprego que não gosto, rodeado de parasitas, essas pessoas são vampiros, e pessoas com toda sorte de falhas, que apenas pensam no mal dos outros e em pisar uns nos outros. Um dia termino a faculdade, que tornar-se-á um fardo, não que eu não a ame, pelo contrário, mas o problema está em todas as pequenas burocracias, o implícito sentimento de competição e outras coisas igualmente ridículas. Caso-me mais tarde, talvez não porque queira, talvez porque apenas me foi imposto, já era hora de casar para ser normal. Dois filhos, um menino e uma menina, tipicamente normal, crescem saudáveis, tão inteligentes e especiais (pobres deles quando descobrirem que lá fora há milhões tão saudáveis, inteligentes e especiais). Pagarei a escola dos dois, crescerão, meus dois orgulhos, tudo de que me orgulho, um dia entram na faculdade, começam a trabalhar. Aposento-me, quase sou feliz, chego lá.

Continuo com essa vida miserável. Jamais conhecerei o amor da minha vida, continuarei em um emprego que não gosto, rodeado de parasitas, essas pessoas são vampiros, e pessoas com toda sorte de falhas, que apenas pensam no mal dos outros e em pisar uns nos outros. Um dia termino a faculdade, que tornar-se-á um fardo, não que eu não a ame, pelo contrário, mas o problema está em todas as pequenas burocracias, o implícito sentimento de competição e outras coisas igualmente ridículas. Caso-me mais tarde, talvez não porque queira, talvez porque apenas me foi imposto, já era hora de casar para ser normal. Dois filhos, um menino e uma menina, tipicamente normal, crescem saudáveis, tão inteligentes e especiais (pobres deles quando descobrirem que lá fora há milhões tão saudáveis, inteligentes e especiais). Pagarei a escola dos dois, crescerão, meus dois orgulhos, tudo de que me orgulho, um dia entram na faculdade, começam a trabalhar. Aposento-me, quase sou feliz, chego lá.

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